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rodrigo gonçalves, gonça
florianópolis, sc, 1976
vive e trabalha em florianópolis, sc

Sou artista visual, professor e pesquisador, vivo e trabalho em Florianópolis, SC. Com um pouco mais de 20 anos de idade, graduei-me em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e cursei Artes Cênicas na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Durante meus estudos sempre me interessei e inclinei meus projetos e trabalhos para os processos criativos e seus limiares com a arte contemporânea e subjetividades. Este interesse levou-me a investir na docência pois trabalhar com educação me colocava em contato com a potência transformadora do trabalho de criação. Investigações sobre o corpo e o espaço habitado ganhavam importância para mim e, por volta dos 30 anos de idade, começava a crescer uma vontade de compreender as proposições artísticas que eu desenvolvia com meus alunos. Assim, realizei meu doutorado em Educação na UFSC pesquisando a interface entre corpo, espaço, arte e educação, procurando compreender como poderíamos perceber o espaço construído e o mundo visual por meio da expressão artística e corporal. Com a chegada dos 40 anos de idade, vários processos de autoconhecimento ocorreram e comecei a olhar em perspectiva minha biografia, entendendo arquétipos experienciados e como isso contribuiu em uma definição de minha vida e obra. Procurei alinhar propósitos e tentar compreender minha expressão criativa no mundo. Após uma crise existencial em meus 42 anos de idade, mergulhei em um processo de aprofundamento artístico e pessoal. Durante esse período minha produção artística voltou a fluir com mais originalidade e consegui olhar melhor o conjunto de minhas produções sentindo o quanto venho caminhando e o próprio caminho em si.

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A expressão de meus processos criativos e trabalhos artísticos se dá por meio do desenho, da pintura, da fotografia e da performance, e compreendo que há em minha trajetória uma transdisciplinaridade. Diversas áreas de conhecimento me atravessam e experimento várias possibilidades de atuação nesse estar-em-movimento, mas algo sempre é recorrente: o estudo das subjetividades, do corpo, do espaço habitado e da arte como transformadores do ser. Sou professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC ministrando aulas nas quais busco relacionar o processo projetual arquitetônico-urbano aos processos artísticos contemporâneos com foco no corpo e na cidade. Também sou professor do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PósARQ) da UFSC e coordeno o Grupo Quiasma: Estudos e pesquisas interdisciplinares em arquitetura, corpo e cidade (ARQ/UFSC).

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Por meus trabalhos e processos artísticos perpassam limiares das subjetivações acerca do espaço habitado, resultando em produções artísticas que geram exposições coletivas, atividades colaborativas, oficinas, aulas e palestras.  A maior força e expressão de meus processos criativos se dá por meio do desenho, da pintura, da fotografia e da performance, e minhas experimentações artísticas partem dos seguintes disparadores conceituais: (1) eu comigo, (2) eu com o outro, e (3) eu com os outros. A montagem, organização e apresentação de experimentos teóricos, práticos e conceituais acontecem tendo como laboratório o espaço habitado, articulando os campos disciplinares da arquitetura, do corpo e da cidade. Persigo a insistência da linha que passeia entre os espaços e gera espacialidades na potência da superfície pictórica urbana. Encaro os espaços da cidade sob a ótica de um encontro-criação e desse encontro surgem desenhos os quais sugerem continuidade, cruzamentos, vazios, infinitudes. A cidade é, assim, lugar de poética e de criação que precisam ser expressadas. Desta maneira, entendo qualquer suporte como um lugar prenhe de sustentar uma linha surgida do desenho de um corpo gerando espaços os quais, por sua vez, possibilitam caminhares, refletires, refúgios, estares. As linhas se cruzam e insisto no campo expandido do desenho como uma expressão de um estar no mundo. Minhas criações têm um alicerce em pesquisas artísticas acerca do espaço de cidades visíveis e invisíveis trazendo à tona séries de trabalhos numa tentativa de esgotamento da linha-corpo-que-desenha, para, após essa tentativa de esgotamento, (re)iniciar uma nova investigação persecutória sobre esta mesma linha.

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