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cicatriz-ação
2022,  série de 9 colagens de curativo sobre papel, 210 x 297 mm (cada peça)

Ainda há muito o que se curar. Existem cicatrizes-traumas que nos fazem esquivar de seus próprios efeitos. De uma maneira paliativa colocamos curativos desejando melhoras. “Logo passa”, dizem-nos. O trabalho proposto está imbricado na conjuntura doentia que se instalou no início da segunda década dos anos 2000. A humanidade está doente social e politicamente e almeja uma cura a qual não sabe onde pode estar. A cura parece estar em um mito, em fundamentalismos, em esperanças, em gadgets, em academias, no consumo, em app’s… E enquanto procuramos uma cura nos detemos no gerúndio da própria cura. E no processo gerundista de procurar a cura resta-nos por curativos em nossas cicatrizes num ato de resistência às adversidades que nos são infringidas diariamente.

Procurando sarar algumas cicatrizes-traumas, trago nove diagramas com a palavra curando escrita em curativos do tipo band-aid. São diagramas de cura ensaiando possibilidades visuais de acalmar cicatrizes enquanto se espera a própria cicatriz-ação da cura em si.

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