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tessituras de um corpo fugidio
2024, costura e amarrações, xilogravura impressa em tecido e corda;  instalação 170 cm x 80 cm x 80 cm     

Uma xilogravura impressa em preto sobre um tecido branco, que lembra uma camisa pendurada em três pontos, sugere algo suspenso: uma passagem, algo inconcluso, uma memória fugidia, uma teimosia pendente à altura dos olhos. Por vezes, a sugestão se transforma na possibilidade de um corpo pendurado por aquilo que seriam seus membros, um esquartejamento com cicatrizes vermelhas costuradas sobre tecido e impressão. Ao nos atentarmos à impressão, a imagem revela um funâmbulo sobre texturas urbanas, insinuando um traçado de lugares já habitados. As imagens se esbarram e borram uma ordem, invertendo posições. A tensão do tecido pendurado e o seu caimento brincam com luz, sombra e linha-vermelho-lembrança. Fica ainda no ar a indagação: quem esteve aqui, pendurou(-se) e foi embora às pressas, esquecendo suas marcas sobre um corpo-tecido-pendente?

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